Sobre o IMO


Prof. Dr. Frederico Jorge Ferreira Costa
Pesquisador do Instituto de Estudos e Pesquisas do Movimento Operário - IMO


O Instituto de Estudos e Pesquisas do Movimento Operário - IMO foi criado em 1993, a partir de um convênio de cooperação firmado entre a Universidade Estadual do Ceará - UECE e a Central Única dos Trabalhadores, Seção do Ceará  CUT- Ceará, sob o lema: O CONHECIMENTO A SERVIÇO DA CLASSE TRABALHADORA. Foram seus fundadores, além do pesquisador e militante José Ferreira de Alencar  Professor Alencar, os Professores da UECE, Francisco Auto Filho, Francisco José Teixeira, José Jackson Coelho Sampaio e José Meneleu Neto.
O convênio de cooperação que está na base da criação do IMO foi assinado pelo Professor Paulo de Melo Jorge Filho, então Reitor da UECE e Acrísio Sena, à época, presidente da CUT-Ceará. Alguns meses após sua criação, foi incorporada ao IMO, a Professora Susana Vasconcelos Jimenez, sua diretora até 2013. Depois foi indicado pelo Professor Alencar, Frederico Jorge Ferreira Costa. Nos primeiros anos de sua existência o IMO participou sistematicamente das atividades formativas da CUT-Ceará, realizando um conjunto de pesquisas sob a solicitação dessa Central, além de desenvolver outras, de sua própria iniciativa, sobre dimensões ou programas específicos vinculados à prática formativa.
A história do IMO pode ser sintetizada em três fases. Na primeira fase, por volta do seu quinto ano, o IMO passou a desenvolver um projeto de grande envergadura, representado pelo Curso de Formação Política e Sindical, cuja grade curricular compunha-se de quatro disciplinas, a saber: Introdução à Filosofia da Práxis, Introdução à Economia Política, História do Movimento Operário e Pedagogia do Trabalho. Devidamente aprovado pela administração superior da UECE o Curso, contando com uma carga de 240 h/a, tinha duração de um (um) ano, guardando caráter de extensão universitária para os trabalhadores, sendo, as disciplinas, ademais, oferecidas aos alunos da UECE, como optativas, dentro da grade curricular dos seus próprios cursos. Ao longo dos anos, contudo, as relações entre o IMO e a direção da CUT se deterioraram, ocorrendo um distanciamento da CUT-Ceará quanto às prerrogativas e ao programa investigativo e formativo do IMO, baseado no desenvolvimento da consciência de classe. Após um longo e complexo processo de idas e vindas, o afastamento veio a consumar-se na gestão da CUT - Ceará inaugurada em 2000.
Na segunda fase, o IMO centra-se na vida acadêmica da Universidade Federal do Ceará  UFC e da Universidade Estadual do Ceará  UECE, em particular na pós-graduação. Foram organizados o Núcleo de pesquisa Marxismo, Educação e Luta de Classes, a partir do Núcleo Trabalho e Educação, no Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira na UFC e a linha de pesquisa Marxismo e Formação do Educação no então Mestrado Acadêmico em Educação, precursor do Programa de Pós-graduação em Educação da UECE, sob orientação geral da Professora Susana Jimenez.
Nessa fase, foram formados inúmeros mestres e doutores sob a perspectiva de uma formação marxista sob a hegemonia da ontologia do ser social e do pensamento de György Lukács. Na terceira fase do IMO, há o protagonismo do GPOSSHE, vinculado ao IMO e nucleado na Universidade Estadual do Ceará - UECE, apesar da existência e atividade do Núcleo Marxismo, Educação e Luta de Classes na Universidade do Ceará - UFC.


Uma breve história do instituto:
Instituto de Estudos e Pesquisas do Movimento Operário
"O conhecimento a serviço da classe trabalhadora."